sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Além dos escombros

Gosto das fotos a seguir pelos detalhes entre os escombros de uma antiga estação de trem e um velho armazém em minha cidade (Paudalho-PE). A estação e o armazém deveriam ser restaurados. Além de ser um patrimônio histórico da cidade, é lindo! Já fiz as fotos há algum tempo, mas reeditei algumas e resolvi postá-las. A qualidade não é ótima graças a redução para o blog. Todas as fotos são de minha autoria. 

Sem teto, o armazém dá uma vista panorâmica para o céu.

Escombros. Eles são encontrados por toda a parte.

O verde das hospedeiras misturado com as grades do antigo armazém.

Os cachorrinhos de uma das casinhas que ficam ao redor da estação.
Uma casa no meio dos escombros

Hospedeiras nas portas do antigo armazém

Estação 

Fechaduras

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sobre Balões e outras coisas

Foto: We heart it


Estava pedalando hoje à tarde e me deparei com uns balões de festa. Não sei o que mais me chamou atenção: as cores dos balões ou onde eles estavam pendurados. Os balões acompanhavam sorrisos de crianças que mesmo sem motivos para sorrir, morando em um local com  condições precárias, estavam felizes apenas em observá-los e estourá-los assustando uns aos outros. 


Não sei qual foi a estratégia de quem os pregou naquela casinha pequena, com uma cerca baixa e portão de madeira. Podia ser o aniversário de um daqueles moleques que corria feliz na frente da casa ou até mesmo só uma forma de deixar a casa mais bonita. Quem sabe? Balões não significam alegria? Festa? Era isso que estava acontecendo ali: uma festa sem motivos, ou não. Estavam celebrando a alegria, a esperança. 

Fiquei pensando o resto da tarde naquela cena. Pensando em como muitas vezes não reparamos nas coisas pequenas que nos fazem bem. Não é preciso muita coisa para dar uma gargalhada. Um bom amigo, um bom livro, um filme antigo ou até um susto pelo estourar de um balão. A vida não precisa ser levada tão a sério.

Procurar graça na cara de rabugem do seu chefe quando ele fala que você fez tudo ao contrário, naquele momento em que você está no ônibus e percebe que pegou o lado do sol, na sua cara de irritado quando seu irmão toma o leite que você deixou na geladeira ou até quando você está dormindo e sua mãe acende a luz na sua cara para procurar alguma coisa que é dela, e provavelmente não está no seu quarto. 

Por que não rir de tudo isso? Segundo especialistas que não sei os nomes e muito menos onde publicaram, mas já ouvi falar e concordo muito com o que eles falam, o mau humor só atrapalha e não resolve os seus problemas. Que tal tentar resolver as coisas de forma bem humorada? E quando você não conseguir controlar o seu estresse ou coisa parecida, se a contagem de um até dez não resolver o problema, não é melhor resolver outra hora? Não somos obrigados a ter a solução para tudo, toda hora e sempre. Se não tiver a solução, não se martirize e nem quebre tudo até achá-la.

Liga o som! Dança com a vida! Pede uma pizza! Sai com os amigos pra um barzinho e toma umas cervejas jogando conversa fora sobre as coisas engraçadas que você já viveu! Dorme um dia até tarde e quando acordar, passa o dia todo de pijama! Sai pra pedalar ouvindo sua música predileta e cantando em voz alta pra todo mundo ouvir! Se preocupa menos! Vive mais!

Quem sabe assim, depois de sair da rotina e fazer o que você gosta, depois de dar gargalhadas e estourar todos os balões de mau humor, estresse, negatividade, cansaço... Você consiga resolver as coisas com mais discernimento e sensatez? Faça o teste! Se teste! Teste até onde vai o seu limite de paciência! Quando ele chegar, não desconte a sua raiva ou sei lá o que na primeira pessoa que encontrar. 

Encha uns balões, daqueles bem grandes, e finja que todos os seus problemas estão ali dentro. Depois que você acabar de encher quantos achar necessário, ligue o som com a sua música predileta, e estoure TODOS! Ou vá à rua, compre uns brigadeiros e faça uma festa! Mande seus problemas pros ares! Depois saia por aí, sem rumo... A sensação com certeza vai ser libertadora. Que tal tentar? 

Amarelô!

Abaixo seguem algumas fotos que eu fiz semana passada na praia de Pitimbu-PB. A casa em que fiquei (dos meus avós lindos) é toda amarelinha. Graças a isso, consegui umas fotos com um contraste legal de cores e elas ficaram bem alegres.   



Essas florzinhas são um mimo e o cheirinho que elas deixam no quintal é encantador. Não sei o nome da espécie, mas caso alguém aí saiba, me ajude! O que mais gostei nessa foto foi a composição que consegui fazer com a sombra no muro. 

Essa foto não foi nem um pouquinho pensada. Eu queria ressaltar a beleza dessa espécie (que também não sei o nome). Além de mostrar os espinhos que ela possui apesar de ser tão delicada. Adorei o efeito do muro amarelo por trás.  

Mais uma da mesma espécie acima. O que eu acho engraçado nessa flor, é que é a única  sobrevivente no canteiro em frente da casa. Ela é bem resistente ao sol. 

Gargalhadas

Gostei do contraste entre o verde e o amarelo. Esse caule é da florzinha da primeira foto.





Todas as fotos são de minha autoria (Débora Rosa). A qualidade da imagem é baixa graças a o tamanho reduzido para o blog. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dia de quê?

Virou rotina ser dia de alguma coisa todo dia. Não sei se é necessário dia pra tudo, mas às vezes a gente fala que é desnecessário sem saber da história. Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados... Esses dias quase todo mundo acha importante. Mas tem um monte de dias que ninguém sabe de quê é dia. E nem se interessa em saber. É legal saber a história das coisas. E o "dia" delas é uma boa oportunidade para isso. Além de conhecer melhor, você acaba entendendo o porquê de certa "coisa" receber uma homenagem e ser lembrada por um dia. 

Fotos: We Heart It

Há dois dias foi Dia do Fusquinha. Aquele carrinho fofo que um monte de gente acha feio, sem graça e sem utilidade comparado aos novos carros do mercado. O que a maioria das pessoas nem imagina é que o fusca tem uma história interessantíssima que vale a pena conferir. Não vou falar da história em si aqui, porque é longa, vai acabar virando uma aula de história (não que isso seja ruim) e muitos de vocês vão acabar caindo no tédio.

Quando criança, um dos meus tios tinha um fusca. O modelo era o chamado "besouro", que por falta de criatividade acabou por virar o apelido do fusquinha. Besouro vivia dando vexames no meio da rua, nas ladeiras... Mas sempre foi muito útil e fiel. "Quebrava nossos galhos" como diz a expressão. Graças a ele, lembro de muitas histórias divertidas da infância. 

Um dia cansado de sempre consertar o pobre fusquinha que já estava pra lá de velhinho, meu tio resolveu se desfazer do coitado. Toda a família tem saudades de Besouro. Ele é lembrado até hoje com muito carinho por participar das nossas vidas e das histórias engraçadas da família.

Hoje, se meu tio pensasse em se desfazer de Besouro, com certeza eu o compraria. O fusca pode ser menos potente ou menos equipado e sem milhões dessas ferramentas que os mecânicos e entendedores de carros falam. Pra mim, é um dos carros mais aconchegantes e divertidos. Daqueles que você pode dar uma pintadinha aqui, uma organizada ali e depois ele fica com a sua cara. Não sei se é a lembrança da infância que me faz pensar assim ou simplesmente o amor que tenho a antiguidades. Ou até as duas coisas, que é mais provável.

Foto: We Heart It


Entre, detalhes



Eu tenho mania de fazer blogs, meu problema é nunca conseguir mantê-los na ativa. Não por preguiça ou por falta do que escrever. O que acontece é que quando eu leio as postagens antigas, sinto uma vontade imensa de apagá-las, reescrevê-las ou melhorá-las. Tomo abuso, e acabo excluindo o blog inteiro. Direta, crítica e impulsiva. Depois fico me lamentando por ter perdido montes de textos. 

Não acho ruim essa minha mania, pelo contrário: adoro as mudanças. E quanto mais eu mudo, mais tenho vontade de mudar. Indecisão. Falta de personalidade. Não, não... Acho que é só inquietação mesmo. Sou inquieta desde sempre.

Então,  estou aqui mais uma vez para dar boas vindas a mais um blog. Minha vontade de escrever não me deixa ficar muito tempo sem essa ferramenta, e minha preguiça de escrever no papel algumas vezes, me faz perder ideias. 

Espero conseguir com que o "Entre Detalhes" dure.  Vou torcer pra essa minha inquietude me deixar aqui escrevendo sobre os detalhes tão pequenos de nós dois  da vida, do mundo, de tudo.  Meu objetivo vai ser não abandoná-lo, não importa o que eu escreva ou sobre o quê. O que importa é que eu continue escrevendo. 

Ou pode ser que eu abandone daqui a um mês ou duas semanas e crie um novo blog. O que seria do ser humano sem as  mudanças, não é mesmo? Isso também pode ser só uma desculpa. 

Enfim. Bem vindos.