terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Dia de quê?

Virou rotina ser dia de alguma coisa todo dia. Não sei se é necessário dia pra tudo, mas às vezes a gente fala que é desnecessário sem saber da história. Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia dos Namorados... Esses dias quase todo mundo acha importante. Mas tem um monte de dias que ninguém sabe de quê é dia. E nem se interessa em saber. É legal saber a história das coisas. E o "dia" delas é uma boa oportunidade para isso. Além de conhecer melhor, você acaba entendendo o porquê de certa "coisa" receber uma homenagem e ser lembrada por um dia. 

Fotos: We Heart It

Há dois dias foi Dia do Fusquinha. Aquele carrinho fofo que um monte de gente acha feio, sem graça e sem utilidade comparado aos novos carros do mercado. O que a maioria das pessoas nem imagina é que o fusca tem uma história interessantíssima que vale a pena conferir. Não vou falar da história em si aqui, porque é longa, vai acabar virando uma aula de história (não que isso seja ruim) e muitos de vocês vão acabar caindo no tédio.

Quando criança, um dos meus tios tinha um fusca. O modelo era o chamado "besouro", que por falta de criatividade acabou por virar o apelido do fusquinha. Besouro vivia dando vexames no meio da rua, nas ladeiras... Mas sempre foi muito útil e fiel. "Quebrava nossos galhos" como diz a expressão. Graças a ele, lembro de muitas histórias divertidas da infância. 

Um dia cansado de sempre consertar o pobre fusquinha que já estava pra lá de velhinho, meu tio resolveu se desfazer do coitado. Toda a família tem saudades de Besouro. Ele é lembrado até hoje com muito carinho por participar das nossas vidas e das histórias engraçadas da família.

Hoje, se meu tio pensasse em se desfazer de Besouro, com certeza eu o compraria. O fusca pode ser menos potente ou menos equipado e sem milhões dessas ferramentas que os mecânicos e entendedores de carros falam. Pra mim, é um dos carros mais aconchegantes e divertidos. Daqueles que você pode dar uma pintadinha aqui, uma organizada ali e depois ele fica com a sua cara. Não sei se é a lembrança da infância que me faz pensar assim ou simplesmente o amor que tenho a antiguidades. Ou até as duas coisas, que é mais provável.

Foto: We Heart It


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